tag:blogger.com,1999:blog-86077977552309666812024-02-02T19:55:26.190-03:00Psicodelia ImagináriaBernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.comBlogger111125tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-22211468371010630802020-03-21T21:45:00.001-03:002020-03-21T21:45:05.618-03:00ATUALIZAÇÕESACESSE: <a href="http://palavra-corpo.blogspot.com/">http://palavra-corpo.blogspot.com/</a><br />
<br />
SIGA: <a href="https://twitter.com/bernardfreire">https://twitter.com/bernardfreire</a> & <a href="https://www.instagram.com/bernardfreire/">https://www.instagram.com/bernardfreire/</a><br />
<br />
VEJA E ASSISTA: <a href="https://www.youtube.com/channel/UCLfPAPgDIY845OijgL6TSsw/videos">https://www.youtube.com/channel/UCLfPAPgDIY845OijgL6TSsw/videos</a><br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg1aZjXr2dDnxCTj752WCkVKhoDzceKhF5CAfwbVuuk9upLK4rnLXRxYZq_w9dByL5-bs7ZO_AWALF_KhZwMIOYk6y7RqnTkBXyCx8DKVVi8JNIFsOVFMF1W6MF6JhjIOjOg35oDbKsEU/s1600/EOrjxRiWkAAvcYZ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1007" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg1aZjXr2dDnxCTj752WCkVKhoDzceKhF5CAfwbVuuk9upLK4rnLXRxYZq_w9dByL5-bs7ZO_AWALF_KhZwMIOYk6y7RqnTkBXyCx8DKVVi8JNIFsOVFMF1W6MF6JhjIOjOg35oDbKsEU/s640/EOrjxRiWkAAvcYZ.jpg" width="401" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-65833917667730098102018-02-25T13:02:00.000-03:002018-03-06T23:10:09.824-03:00Dez anosDez anos de um caso com o blog. Vida que passa e a memória fica.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dez anos de um caso com a imaginação. Motor principal para
as criações humanas. Esse espaço é um vetor virtual dos registros dos
pensamentos. Ao longo desse tempo ainda tento reinventar, procuro transfigurar
a espacialidade da escrita através de um ser que está construindo um dialogo
com o universo imaginário. Aqui marcou o tempo inicial da minha aventura na
escrita, na passagem do curso entre a comunicação dos fatos onde tinha que
inventar meios de criações de tudo o que estava acontecendo. Entre poesias,
contos e surtos caminhava em direção ao encontro dos pensamentos que minha
imaginação descobria nas transições de tempo, mudança da percepção semiótica da
realidade, sobrevivência em meio aos casos da busca de conhecimento. Formas, letras,
histórias, atravessamento interno, o encontro da carne e osso com a rede; o
blog das sensações que gritam no interno. É uma troca com o mundo dessa
passagem, do não lugar, da existência em cada espaço de nossa identificação. Multiplicação
de idéias geradas do caos enigmático das informações.</div>
<br />Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-33923011798350856782016-07-08T20:34:00.001-03:002016-07-08T20:40:30.055-03:00Fuga<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
Há fatos
que somente o silêncio responderá<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Há momentos em que o coração disparará <o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
O lance da vida passará para entender <o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
Encontros<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Amores<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Embrulhamentos<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Distanciamentos<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Pensamentos<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Tudo se conectará no olhar profundo<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
No sufocamento do peito<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Na mão aberta para segurar o vazio<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Nos pensamentos de desconstrução de ser<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Na vida que se acolhe no conforto<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
No fundamento de vida que queres digerir<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Em todas as respirações que sair como um gozo<o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: x-small;"><i>(14.06.2016) Durante o coloquio Max Martins 90</i></span></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-74761168714597500502016-04-19T10:28:00.000-03:002016-04-30T20:07:02.761-03:00Adubo orgânico para imaginação<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse
campo teatral temos que partir sempre do que te toca, da poesia movente da
ferramenta do conhecimento. É através do que se busca, do que te apresentam e
da condução que chegamos ao objetivo. O discente em teatro precisa aprender com
a própria vida e além dela o que a produção de tudo quer dizer; é preciso se
apossar do objeto e <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/02/drogas-uma-questo-no-ideologica.html">multiplicar outros sentindo</a>; receber os efeitos positivos e
negativos para demarcar território do seu sentido; evoluir no objetivo da criação
e formação de pensamento. Todos os códigos refletiram no acontecimento da
pesquisa para a reprodução de símbolos, imagens e de um novo campo que cresce
de acordo com as coordenadas do processo. Na <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/02/universidade-ta-na-hora-de-mudar_28.html">minha formação</a> buscava sempre
conhecer a linha educacional que caminhava dentro de mim, do que percebia. Do
que causava em mim ao produzir outros conteúdos em relação ao entendimento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pude
colocar em prática essa linha do ensinamento adquirido no curso durante a disciplina
Prática do Ensino do <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/03/vida-passageira.html">Teatro</a> I, onde estagiei na Escola de Aplicação da UFPA –
NPI. Foi onde comecei a perceber a educação existente em mim. Tinha a <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/03/viagem-do-meu-pensamento.html">visão</a> de
um professor na sala de aula, conduzia a turma e vivenciava a minha forma de
educar, buscando descobrir o ensino do teatro dentro da escola. Percebia a
didática do ensino no fazer-aprender durante as aulas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.9pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Didática é o fazer aprender, o ensinar na prática para que
assim se obtenha o entendimento do assunto. Não podemos apenas ser meros
ouvintes do que está sendo discutido. No modo de ensinar aos alunos, devemos
fazer com que eles joguem, participem e se coloquem no processo de construção
da aula para que “fazendo”, o entendimento se torna mais fácil. Assim o
interesse fica sendo primordial, possibilitando ao aluno outras formas de
conhecer e dando-lhe possibilidades de procurar outras fontes de querer saber
mais (BERNARD, 2013).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.9pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Passava a
informação através de jogos, dinâmica relacionada à outra área de conhecimento;
conversava sobre teatro, <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/03/por-onde-andei.html">arte e cultura</a> com os alunos e me alimentava de novos saberes
que escapava de cada um, sustentava o ritmo da aula com a criação de conteúdo
feita pela turma. É preciso manter o controle, perceber o ritmo da cena e
desenvolver um bom espetáculo em que todos participem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.9pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">O primeiro momento de percepção em entrar numa sala de aula,
faz você entender o raciocínio de tudo o que acontecerá naquele espaço. A turma
801 e 803, foi a qual pude aprender a lhe dar como professor em sala de aula.
Impondo-me como estudante de teatro, estagiário e professor, [...] A ultima
aula com as duas turmas criei uma atividade teatral, já que a professora cedeu
para a realização de um exercício dos estagiários. Trabalhei recriação de
objetos e sentir um pouco de dificuldade em manter a atenção com o grupo de
alunos que estavam participando da atividade. Era um contra ponto de não se
expor, ter vergonha de ficar olhando o amigo, faziam rápido só para dizer que
participaram. Mas o maior segredo é saber como funciona a atenção dos alunos,
de onde se pode puxar para que todo o resto participe (BERNARD, 2014).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE6FxDh-Zj4jP-gBtmnudnSXhyphenhyphenB7VRJUognAsIzsEvNv0CBv4yvkDvY0RgXHyGilOmUZ4n5igklmNMAZL5cJxt0pGxZIzs7J9-2clh8sX5f7RKFS4lZmv_r5tSfrMdQFy0xkUoW4ry8uI/s1600/WP_20140516_061.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: white;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE6FxDh-Zj4jP-gBtmnudnSXhyphenhyphenB7VRJUognAsIzsEvNv0CBv4yvkDvY0RgXHyGilOmUZ4n5igklmNMAZL5cJxt0pGxZIzs7J9-2clh8sX5f7RKFS4lZmv_r5tSfrMdQFy0xkUoW4ry8uI/s400/WP_20140516_061.jpg" width="400" /></span></a></div>
<span style="color: white;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_19" o:spid="_x0000_i1026" style="height: 210.75pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 375.75pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="WP_20140516_061" src="file:///C:\Users\ICA01\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Imagem
5: Exercício de </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">ressignificação
da imagem do artista Cândido Portinari (Retirantes, 1944), NPI, 2014.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estar em sala de aula ensinando foi
gratificante além das expectativas. Participei junto com a turma, conhecia os
alunos e tinha um retorno para aplicar na construção de um plano de aula
melhor, mostrava o teatro na educação fundamental e em alguns casos cheguei a
abrir as aulas com as propostas dos alunos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Através
desse conjunto de ensinamentos é que nos movemos, que agimos, que mantemos
nosso corpo em dialogo com o espaço. Eu tinha bastante atenção em trabalhar em
cada etapa que fazia meu conhecimento crescer na universidade. Era minha vida
com “vida” acadêmica; tudo junto e misturado. Às vezes não conseguia avançar,
<a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/04/pensei-em-ter-visto-algum-aqui.html">parava para refletir</a> sobre a modificação da arte e como dá andamento as
pesquisas e elaboração de conteúdo. Parava no tempo. Voltava ao meu centro e avaliava
a composição cênica que se instaurava na minha memória. Regressava novamente a
<a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/05/cotidiano_23.html">sala de aula</a> para perceber como tudo precisa de um espaço-tempo para haver o
entendimento do novo, das possibilidades de restaurar cada etapa para
prosseguir no reconhecimento da pesquisa. Tudo se regularizava em mim, minha
percepção dos fatos se organizava. Entendi que no teatro somos levados pelos
sentidos do <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/07/socialista-capitalista-qual-sua-escolha.html">movimento</a>, da ação, de onde se parte, de cada ponto e pra onde o
objeto te leva. É a regra jogo de cada ensinamento que compõe o conjunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 70.9pt; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">O corpo, a memória, a criação
depende de tempos de espera, tempos de vazio, tempos de decepção, até um
momento e tempo em que um trabalho interno, silencioso e aparentemente
inexistente encontra a resolução do problema em ato, em potências e em ação (COLLA,
2013, pg. 22).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 70.9pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em outro
estágio pelo qual passei, aprendi com essa <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/08/o-que-plato-anda-despertando_10.html">parte significante</a> que cada lugar
tem um tempo e que a dificuldade pode trazer um novo aprendizado. Estagiei um
ano e meio na Assessoria Comunitária da Companhia de Saneamento do Pará
(COSANPA) onde atuei como colaborador, artista e ator-manipulador com teatro de
animação para escolas, instituições e comunidades:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeO7wrzqx5o3sCgrNf2PkGHPOVP-uvOsYYxncoxb9Ji1n0cGmOn2ekJs0Ljfvp78zZZUCxg4Fd4CImlq9mMJuLtPHdnAM0CHT2_tcklUxZBhxz3pNvgBKqU1HV2q3KnSzhpWXKIDjxfpY/s1600/IMG-20140620-WA0014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: white;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeO7wrzqx5o3sCgrNf2PkGHPOVP-uvOsYYxncoxb9Ji1n0cGmOn2ekJs0Ljfvp78zZZUCxg4Fd4CImlq9mMJuLtPHdnAM0CHT2_tcklUxZBhxz3pNvgBKqU1HV2q3KnSzhpWXKIDjxfpY/s400/IMG-20140620-WA0014.jpg" width="400" /></span></a></div>
<span style="color: white;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 210pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 375pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="IMG-20140620-WA0014" src="file:///C:\Users\ICA01\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image002.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Imagem
6: Equipe de estagiários de teatro da COSANPA, 2013<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> As dificuldades da <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2008/11/trip-of-my-thoughts.html">arte</a> naquele ambiente
traziam um esgotamento de praticar o meu aprendizado e percebi várias falhas
onde o teatro em alguns casos não se encaixava. Os materiais de trabalhos eram
<a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2009/01/psicodelia-imaginaria-parte-i.html">velhos</a>, o planejamento da secretária em agendar as escolas não era resolvido,
obtinha desvio da minha função de estagiário, entre outros <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2009/02/psicodelia-imaginaria-parte-ii.html">problemas</a>, que só me
dei conta quando me perguntei qual era a minha parte nisso tudo? Como contratam
um estagiário de teatro para preencher fichas de avaliação sobre tratamento de
água? Foi então que a arte de se fazer teatro tomou conta de meus <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2009/05/um-sonho-imaginacao-e-realidade.html">pensamentos</a>,
desenvolvi através de muita luta dar um novo sentido da arte naquele <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2009/10/psicodelia-imaginaria-parte-iii.html">espaço</a>,
afinal minha função era levar a mensagem da sustentabilidade para outros
lugares através da arte. Solicitei novos materiais de trabalho, escrevi
roteiros para criação de novas cenas, agendei apresentações em comunidades e
escolas e fui dando um novo <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2009/10/psicodelia-imaginaria-parte-iv.html">sentido</a> teatral naquele lugar que só parou quando a
administração me colocou numa função diferente da minha formação. Meu corpo não
tinha mais a vontade de produzir <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2009/10/psicodelia-imaginaria-parte-v.html">conteúdo</a>. Tentei mostra uma forma de fazer
teatro num ambiente onde não queriam saber e tive que pedir demissão. Segui
outro caminho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Aos poucos
o discente em teatro modifica o seu entendimento, caminha na <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2010/05/sobre-as-letras.html">linha doraciocínio</a>. Traz pra perto as possibilidades que ampliam o objetivo de seus
trabalhos. Passa por fases que podem contribuir ou interferir no processo de
formação. As grandes mudanças acontecem no seu fazer; na <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2010/05/i-m-g-i-n-e-palavra-que-voce-quiser-se.html">criação de seusraciocínios</a> e em trabalhos coletivos onde há mudança de pensamentos,
compartilhamentos de ideias e um único caminho por onde sai o <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html">amadurecimento</a> do
que se está construindo. Como estamos cavando nesse adubo orgânico para
imaginação? Há o momento de parar, errar para entender, aprender com as
<a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2010/08/seco.html">incertezas</a>. Quando algo modifica a regra do jogo é preciso avaliar a situação
para o <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2010/09/palavras-soltas.html">fluxo</a> das possibilidades adentrarem no seu desempenho, não havendo
interferência e seguindo a lei natural da vida. Um dos objetivos é fazer a sua
parte e torcer para que todo o resto se encaminhe:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 70.9pt; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Sem o fracasso, o estímulo seria <i>puro valor</i>. Seria a embriagues; e por
essa enorme vitória subjetiva que é a embriaguez, tornar-se-ia o mais
incorrigível dos erros objetivos. Assim, a nosso ver, o homem que tivesse a
impressão de nunca se enganar estaria enganado sempre (BACHELARD, 1996, p 295).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 70.9pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O estimulo
vem como uma corrente que explode dentro de si, essa é a parte fundamental de
um pensamento cientifico. Tudo <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2010/10/wood-o-passaro-que-nao-voava.html">está vivo</a> e a nossa relação de vida com vida
acadêmica não se diferencia. É preciso relacionar nosso olhar com o olhar do
outro, se conectar com a esperança do <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2010/11/vai-onda-vem-nuvem.html">destino</a> e estar sempre em mudança, é ela
que vai definir o seu potencial de diferença entre os iguais que vivem a
universidade. Durante esse processo de formação os meios te levam por
determinados caminhos que juntam as partes de um <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2011/02/palavra-objeto-selvagem.html">sistema de conhecimento</a> que
estar sempre em desenvolvimento. É preciso <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2011/04/corpos.html">lutar</a> contra a redução da vida e as
dificuldades do curso, para além da sala de aula. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<span style="color: white;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em todo caso,
viver quatro anos de curso dependerá de como interpretaremos a nossa
performance em conhecer todos os <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2011/06/um-pequeno-breve-comentario-sobre-o.html">meios de informações</a> e cheios de vivência a
nossa rotina. De como os grupos, as experiências, os trabalhos acadêmicos e
profissionais se juntarão ao desempenho da função de descobrimento de <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2012/01/no-meio-do-caminho-tinha-uma-flor.html">sentidos</a>.
Eu descobri que não me separava por completo do teatro, mesmo sabendo que tinha
outras vivências além da universidade. Tudo está em <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2012/06/boaparte-do-que-eu-ja-passei-senti-e.html">conexão</a>. O curso
influenciou muito na minha forma de pensar, demonstrar, construir o
conhecimento, aplicar nas diversas ciências e <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2012/07/a-tendencia-e-sempre-melhorar.html">planejar um horizonte</a> para minha
vida. Os trabalhos continuavam na cidade e no Brasil a fora. Durante esse plano
todo busquei uma forma de organicidade dessa vivência. Um profissional em teatro
deve saber interpretar bem os papeis da própria vida. É a <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2012/08/pequena-dedicatoria.html">vida existente</a> que
nos serve de material para <a href="http://psicodeliaimaginaria.blogspot.com.br/2013/10/bater-e-aguentar-porrada.html">criação</a>.<o:p></o:p></span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">>>><a href="http://www.ica.ufpa.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2247:a-viagem-do-capitao-tornado&catid=52:etdufpa&Itemid=116">Continuar lendo</a><<<</span></div>
</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-58637101297098658272014-12-26T12:43:00.000-03:002014-12-26T12:43:17.899-03:00<div style="text-align: center;">
2014-2015...</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/ADOQQiwgU0Y" width="459"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Let's go with the flow</div>
<div style="text-align: center;">
Wherever it goes</div>
<div style="text-align: center;">
We're more than alive...</div>
<div style="text-align: center;">
...Louder than words.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
(<i>Valeu, Pink Floyd</i>)</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-23663387431965697322014-11-14T11:43:00.001-03:002014-11-14T11:44:19.795-03:00Pequenas palavras que sumiram no vento<div class="MsoNormal">
Eu gosto quando a poesia escorre<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando perdemos o sono e nos atrofiamos em palavras<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando tu me vem a mente pra nunca mais querer sair<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando a te desejo e te prendo em meus braços<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando te faço encher os olhos sorrindo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando digo que no final tudo vai ficar bem</div>
<div class="MsoNormal">
Quando tu sorrir e o espaço se distorce </div>
<div class="MsoNormal">
Quando percebo meu grau de leseira e esqueço de todo resto<o:p></o:p></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-85690537700315360162014-10-31T11:09:00.000-03:002014-10-31T11:09:04.705-03:00Estalos<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Aqui o bagulho é doido e a realidade te faz ser mais esperto pro que pode acontecer. São bombas caindo e explodindo no teu lado e uma cortina de fumaça te engole. O ar foge dos teus pulmões e o corpo se dilata nos poros levantando os pelos do calafrio. A cabeça confusa expulsa pensamentos causando um holocausto para suas ações. Meio inconsciente seus olhos denunciam o esgotamento, sua boca mastiga saliva e o amargo escroto cai pra dentro do vazio. Suas pernas bambas mostram o desassossego que brota da imaginação infame que te perturba. No meio do desespero tu te encontras só e procuras espaço pra desabar. A paisagem se transfigura e o teu céu se distorce em pigmentação CMY. Vozes são riscadas ao vento e o teu peito aperta cada vez mais nesse inferno que criaste só para te assegurar da verdade que não está do lado de fora. Rompes o elo de ligação entre interno-externo e o teu mundo sacode a poeira do paraíso real-ficcional. </div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-89554847090895030752014-08-06T23:33:00.000-03:002014-10-07T11:45:23.133-03:00Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Conseguimos chegar até aqui e fomos o mais longe que pudemos ir. Quando um abaixava a cabeça todo o resto o erguia para fazê-lo olhar para frente. A gente viveu um tempo bom quando nossos conhecimentos se remetiam ao que acreditávamos verdadeiramente. Hoje pode ser que tudo aquilo não passou de um sonho, mas foi um sonho tão real que vivemos como deveríamos viver de fato. Aquelas horas em direção ao destino foi um momento único em que cada um mostrava ser o que era e o que sentia, fomos inteiramente únicos. Hoje vejo na memoria que não dá mais para parar e que para todas as coisas existe um limite. Somos diferentes agora, mas com o mesmo pensamento que nos fizeram brotar para um novo amanhecer. Agora rimos do passado e não nos arrependemos de ter feito o que fizemos. Aquela aventura bateu asas e voamos tão alto que nem sabemos decifrar os acordes do som que nossos passos seguiam. Tentávamos manter forças, mas depois que a montanha desabou e descobrimos que a história era a mesma de cinquenta anos atrás decidimos seguir nosso próprio caminho. Nosso cotovelo falava e gritava para a pelegada sentir o sangue que ardia em nossos olhos. Estouramos e aguentamos a estrada para cumprir nossos objetivos, foi com o companheirismo que de mãos dadas nos entrelaçamos no lado esquerdo do peito e soamos uma única voz para a liberdade de todos que estavam a nossa volta. Não tínhamos gênero e alguma coisa dali ficou para sempre em nós. A família que éramos antes foi um pequeno ensaio para construir a nossa própria família. Temos disposição e senso para criticar o que não convêm para a mudança de um mundo digno e justo. Passamos de lá pra cá e o caminho é transgredir para nossa própria mudança como seres pensante e claro, seres fortes que busca evoluir na construção de um novo amanhã. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Saudações.
<br />
<br />
<i><span style="font-size: x-small;">Para os amigos que estiveram na luta da militância </span></i></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-72617367282750168922014-02-24T23:19:00.001-03:002014-10-23T11:27:46.593-03:00Congratulações<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Depois da meia noite o blog completa seis anos e eu nem sei como ele sobreviveu esse tempo todo. Deve ter sido as tantas coisas que me aconteceram de lá pra cá. Às vezes eu fico lendo o que postei aqui e fico sei lá, lembrando os momentos ruins que passei. Foi uma fase muito escrota e o blog existe pra eu ter o registro disso e não esquecer tão cedo. Talvez fique por anos aqui e quando eu chegar lá poderei rir de tudo isso. Eu pensei várias vezes em deletar o blog. Não sei porque caralhos isso passava pela minha cabeça. Talvez tenha sido a falta de paciência em escrever e eu ficava sufocado quando via ele parado por muito tempo. Escrever dá muito trabalho e eu não sou tão bom assim, e também foram aparecendo outras prioridades que me distanciavam daqui. Ter um blog reque dedicação, paciência e alguma ideia legal pra se escrever. Eu até que tenho, mas se eu não sentar e escrever os pensamentos me fogem.
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Eu soava infantil e dramático nas publicações. Escrevia o que sentia e corria aqui pra dá um grito. Pensava em mudar o mundo, conquistar o impossível e um monte de leseiras. Eu era muito mais idiota do que agora. Acho que poucas publicações me fazem ter orgulho de tê-las escrito. Eu conversava comigo mesmo e amava demais os pensamentos que atravessavam a minha cabeça. Escrevia cartinhas e me enjaulava numa solidão que criava nas metáforas dos contos registrados aqui. Silenciava as palavras e tirava do meu cérebro o que o coração roubava da alma. Ficava me martirizando por besteiras e hoje acho legal pra caralho (mas no momento não foi) ter passado por tudo isso. Conheci muitas pessoas através desse blog, a maioria que nem eu. Me identificava através da escrita delas e agora elas sumiram, são bem poucas as que eu ainda tenho contato. Fomos crescendo juntos e melhorando um pouco a nossa escrita. Por isso esse blog é tão importante pra mim.
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
É estranho ficar falando uma coisa que por mim ainda vai continuar. Ainda terei algumas ideias e sentimentos escrotos que vão ficar alimentando esse espaço aqui. Mas depois da meia noite ele vai completar um tempinho na minha vida. E eu vou dá uma de idiota e agradece pra mim mesmo por ter criado ele. Vou ser legal e agradecer ao Blogger, ao Orkut, ao Google e as pessoas que passaram por aqui. Eu nunca fui de divulgar muito o blog e não acho interessante compartilhar intimidade, por isso ele fica aqui esquecido e quase ninguém o conhece. Vamos ver o que aparece. Vamos ver o que acontece com o Psicodelia Imaginária. Acho que é isso. Valeu blog por existir.
</div>
</div>
</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-3002476998544042092014-02-23T21:51:00.000-03:002014-02-23T21:52:20.993-03:00Nós, Tristão e Isolda<div style="text-align: justify;">
A mente contorna um estranho raciocínio de coisas estranhas. </div>
<div style="text-align: justify;">
São pulgas atrás da orelha que instigam no país do caos-caótico. </div>
<div style="text-align: justify;">
O pássaro azul bate asas e a flor murcha na terra de criaturas disfarçadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
O temperamento é leve e os dias enfadonhos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Faíscas saem do chão com o roçar dos passos, os membros inferiores mesclam lentidão e firmeza em lugares esquisitos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Um chumaço de algodão ocupa o lugar do cérebro e tanto lá em cima quanto aqui em baixo os poros ardem e nos sentimos espirituosos.</div>
<div style="text-align: justify;">
A faca reflete um brilho para ser apunhalada com força no peito e rasgar o véu tênue desmanchando a carne viva banhada em sangue.</div>
<div style="text-align: justify;">
O grande pai da burrice se esfaqueia na solidão dos pensamentos intimistas e o coração nem avisa quando o dia fica mal. </div>
<div style="text-align: justify;">
Esbravejo silêncio para o ódio escapulir, </div>
<div style="text-align: justify;">
O sangue fica retido no olho e a respiração funda bate como correntes grossas e pesadas. Juntos a loucura nos acompanha e mais uma vez nos desesperamos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Soamos dramáticos e infantis, </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a busca por sorrisos singelos se fodeu quando o céu fechou e começou a trovejar. </div>
<div style="text-align: justify;">
O delírio é mais obvio que 1 + 1, e ainda se situa bem pequena na minha cabeça.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um flerte, e nada mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos dançar conforme a música, </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos sorrir da desgraça, </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos morrer de tédio e ser amparado pela dor egocêntrica, </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos ser sadomasoquista de nós mesmo, </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos redescobrir o passado, </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos voltar ao tempo e ver o que tínhamos de estranho, </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos viver o amanhã hoje mesmo, </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos abrir as portas da loucura e deixar a saudade escancarada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos matar pela beleza e morrer por sonhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos seguir a linha da palma da mão. </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos nos esconder no buraco pútrido de nossa mente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos fechar os olhos e dormir. </div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos revirar dia após dia e ser o mesmo eternamente.</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-8978793507398391292014-01-10T16:17:00.000-03:002014-01-14T19:12:18.246-03:00Pedacinhos de saturno<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Foi quando o mundo se dilatou na palma da minha mão e hoje eu nem sei quanto tempo faz que essa história teve fim. A linha controversa de trás pra frente trouxe as vestes que encobriam as manchas deixadas por nós quando tínhamos suores. Quando numa manada de respiração sôfrega nossos hormônios ferozes dissecavam na ejaculação precoce de nossas vontades. Hoje os restos do gosto deixado em nossos lábios excitam o paladar ao se molhar com a língua e a imagem do seu rosto sufocado quando meu corpo pesava em ti latejam em flash no escuro incomodo. O efeito retardado traziam lembranças afiadas como lâminas e me cortavam os pensamentos. Eu ia descobrindo aos poucos tudo que parecia ser perfeito quando o eu a ti se ajustava nos ponteiros e dávamos corda para não perde nosso valioso tempo. Tu abriste mão da era vertiginosa de uma juventude só para contemplar o passo gigante que dava em descobrir o mundo. Tu bem pequena caminhava com cuidado sobre os cacos e me ensinava como era sentir a calma que brotava do coração. Eu observava todos os detalhes para que não se distanciasse e me fizesse perder no meio do caminho. Nós vivíamos o amanhã sem se importar com o medo da velhice que se adiantava em nos carregar. Quando o último grão de areia insistia em cair nós ficamos de cabeça pra baixo e recomeçávamos a construir o nosso planeta. Eu inventava de ser um astronauta e te buscava no alto para vagarmos como pluma no ar, rompia o medo que tu tinhas em se sentir longe de casa e mostrava o azul-marinho-estrelado que aparecia em teus sonhos. Te embalava na mistura das cores do caleidoscópio, te tirei do aperto do meu peito e lhe dei a liberdade de alçar voos maiores. Tu me fizeste encher os olhos de lagrimas para descobrir minha fraqueza, me posaste no véu de seus seios e me encobriste de estrelas. Nós nos dividimos em cápsulas quando o Meteoro Ur se chocou com nossa nave espacial em pleno espaço sideral enquanto Erik Satie soava na explosão da via láctea. E assim o universo assistia a nossa dança sobre a luz que escapava da rachadura da parede.
</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-84438604718631744162013-11-20T16:42:00.002-03:002013-11-20T16:45:30.081-03:00O carinha que mora dentro do meu cérebro - Crumb<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRGQxpIHbuHnPZAqN8hlCsv5F2gqXWbSghogokdxw6tbObvV1_aOYUEC79qINIm_583_1AzyYVN54vPGB07lKzqwxcpVwtkFIVwnXGRVv6KBcQxHD5G24dgcNgau4kXQuhg643OXrRDh4/s1600/Crumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRGQxpIHbuHnPZAqN8hlCsv5F2gqXWbSghogokdxw6tbObvV1_aOYUEC79qINIm_583_1AzyYVN54vPGB07lKzqwxcpVwtkFIVwnXGRVv6KBcQxHD5G24dgcNgau4kXQuhg643OXrRDh4/s640/Crumb.jpg" width="460" /></a></div>
<br />
... ai tu leva um susto do teu irmão <a href="http://va-go.blogspot.com.br/">Vago</a>Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/16096434878382075732noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-7057096177090922332013-10-25T18:06:00.001-03:002013-10-25T18:06:19.228-03:00Bater e aguentar a porrada!<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Sentar e redescobrir os dias.
Mover. Andar perante o tempo. Quebrar magoas, inverter o silêncio. Aprofundar
as certezas que te fazem seguir com a coragem de quando começou. Abrir
possibilidades para receber desafios. Abrir mão do que já passou. Soltar o
laço. Amarrar sonhos. Seguir. Entender motivos e afirmar o entendimento.
Solucionar casos como se a ultima coisa do mundo fosse te fazer feliz. Aguentar
a paciência. Ouvir. Calar. Falar o suficiente. Dormir pouco. Ficar acordado e
observar ao redor. Chorar jamais. Dramatizar poucos momentos e soar menos
infantil ao longo do caminho. Fazer justiça para o seu sacrifício. Lutar.
Desistir, jamais. Sonhar. Sonhar. Sonhar. Acordar. Deixar o peso e carregar a
obrigação de está vivo amanhã. Bater. Furar. Se olhar. Cansaço, rugas,
olheiras, dores. Pensar o trajeto percorrido. Está à frente e saber perde.
Afirma segurança. Construir. Mudar. Modificar. Quebrar. Gritar. Ser injusto.
Amar, compartilhar. Ir atrás e conseguir, trazer pra perto, levar com cuidado e
não perder. Ganhar. Conquistar. Romper. Viver. Até aqui tu já vai está de pé e
rir da cara da desgraça.<o:p></o:p></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-26145641361778501632013-07-01T15:27:00.001-03:002013-07-01T15:27:03.310-03:00...Dias de Luta!Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-894863155438903522013-05-12T00:09:00.002-03:002013-05-12T00:09:58.602-03:00Dias de Glória!Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-285406109067725982013-03-29T22:21:00.000-03:002013-03-29T22:21:47.449-03:00No final do dia a gente assisti<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Eu fiquei assistindo as nuvens hoje deslizando no céu. Eu
ficava redobrando pensamentos para buscar uma compreensão sistemática de mim
mesmo. Fazia tempo que não avaliava se estava bem ou não. Quase como uma
terapia, você se senti bem melhor com coisas simples e a tua autoestima aparece
num piscar de olhos. Foi assim que me sentir quando deitei naquela grama, que
apesar de limpa, me deixava bem mais a vontade que a rede onde dormia. A calma daquele
verde estendido me fez presta atenção no barulho do vento. A sonoplastia me
evolvia bem como os pensamentos me carregavam. Hoje o dia amanheceu como um
lençol branco estendido no varal, meio molhado e com ar de tranquilidade. O dia
estava preguiçoso. Te convidei em pensamentos para deitar ao meu lado e assistir
o vazio que o céu ocupa. Te fiz perde a noção da realidade e acreditar nas
nossas imaginações que pareciam ser mais seguras. Eu fiquei te aguardando de
olhos fechados até o final da tarde quando o escuro começou a borrar o nosso
céu. Eu respirei fundo para segurar tua mão e não te deixar ser levada para
outro horizonte. Eu dei socos ao vento no meio do desespero que lampejavam a
distancia. Eu mais uma vez disse:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Vem fazer comigo a <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Canção da noite escura,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vem ouvir o silêncio <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E relembrar pensamentos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vem passar o tempo como<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se não houvesse nada amanhã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vem acalmar os meus sonhos”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Tá bom dia, pode passar, eu deixo. Ainda tenho um leve
sorriso que me confortará até o amanhã chegar. Ainda tenho aquele pequeno
pedaço de céu azul-branco, o vento guardado em meus pulmões, a sonoplastia no
pensamento e a autoestima em meus sonhos. Não que eu me conforme com isso, mas a
melhor coisa do dia é quando chega a hora de dormir e todo o resto some. A vida
cruza um espaço-tempo e tu és o teu próprio público que te assiste de baixo pra
cima. Amanhã a gente muda e assisti outra coisa e rir novamente.<o:p></o:p></div>
</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-758417047880888162013-01-02T19:53:00.000-03:002013-01-02T19:53:25.224-03:00LigeiroA gente pensa que nunca vai passar, mas passa sim.<br />
Pode ser que demore um pouco, mas devagarinho passa.<br />
E o tempo vai cobrir a paixão de quem um dia sentiu.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
Mosqueiro - 29/12/12</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-84004019365224054992012-12-28T09:16:00.001-03:002012-12-28T09:16:22.900-03:00Solilóquios<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Amar a bombordo, amar a esquiva. Amar os traços, amar ao
vento.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Olhar a proa, olhar para dentro. Olhar o destino, olhar o sentimento.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Respirar a tempestade, respirar o silencio. Respirar o oco,
respirar a água.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Sentir o desejo, sentir a esperança. Sentir o espinho, sentir
a despedida.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Chorar o triste, chorar a felicidade. Chorar a raiva, chorar
o sorriso.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Crescer ao tempo, crescer ao cair. Crescer lutando, crescer
voltando.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;">Tocar olhando, tocar lembrando. Tocar para não soltar,
tocar... tocar.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Voar a cima do nível (ou no seu nível), voar alto. Viver simples,
viver com a vida.</span><o:p></o:p></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-25383178929366955662012-12-23T01:31:00.000-03:002012-12-23T01:35:08.259-03:00De dentro<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Olho com o som dos movimentos do tempo, olho com o toque e o
sentir do respirar. Observo o mundo se expandir dentro de mim e criar outro
conceito para as coisas da vida. Recrio formas de andar e os passos se divertem
com a coreografia do deslizar no espaço que parece ser uma linha estreita
imensa. Os objetos se transformam em artes para serem emoldurados e tornarem-se
áureos. Os sorrisos se misturam com as bolinhas de sabão e se pedem com um
pequeno estouro no ar. A dança dos fios lisos, leves, são os mesmos que as dos cachos.
Eles dançam ao ritmo do batuque tornando-se único. O abraço se retrai no olhar,
sentimentos são passados como raio magnético, a mensagem é levada a bateria cardíaca
que pulsa querendo sair pela boca. São palavras presas escritas pelo corpo. As
letras surgem como alma, e a pele recebe esse contato com o outro num desenho
transparente.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444;">próximo também lembrar coelho luneta farol saudades navio
manhã moldura tamborete vindas saber pouco pele amor não motivo impulso
passagem estrelas música fotografia palavras vasto oposto discurso grão viagem
mar garrafa frenético grama arte vela movimento sorriso substituir férias
esquecimento pano liberdade chuva barulho palco contato
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<span style="line-height: 150%; text-indent: 20pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
No movimento da água a pintura se desfaz dando cor a
passagem da correnteza. As letras somem levando o desapego restante de dentro. O olhar se perde na nuvem de pássaros azuis
que surgem do mar e giram no céu laranja-cinza, dando cor a um novo fundo.
Sinos dobram como risco. Poesias escritas ao vento indicam o caminho oposto da
linha estreita. A força o conduz com chutes pesados, a pele protegida por
pétalas brancas o lava. O olhar de dentro senti o mundo criado, a vida não tem
tempo, a vida feliz é a linha embolada na palma da mão. O resto é escrito numa
folha de papel amassada e colocado dentro de uma garrafa para o mar levar. Agora
a tela é livre para ser pintada nas cores do silêncio. <o:p></o:p></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-76255866461261722472012-12-08T02:16:00.002-03:002012-12-08T09:42:54.451-03:00De lá pra cá e a idade do tempo de hoje <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Naquela tarde chuvosa tudo estava calmo, menos o céu. O
vento trazia um sono preguiçoso e como de costume, Alberto se embalava na rede
e ficava ali até o anoitecer. Seu corpo meio preguiçoso atrofiou-se. Criou esse
costume de descansar ao chegar à velhice e não o trocava por nada. Muitos não
sabem, mas quando atingimos a idade dos 80, nosso corpo pede por descanso. A paciência
pelas coisas, o entendimento em aceitar as novidades, a readaptação com a
contemporaneidade, a juventude precoce em se adaptar com o meio, etc. Alberto
tinha 76, e já estava treinando para quando completasse 80. Puxava um ronco
baixinho que pouco se ouvia por causa do barulho da chuva, parecia que aquelas
gotas caiam como pedrinhas na tela. Raimunda, sua
esposa, o olhava descansar assim como se vê os ponteiros de um relógio girar.
Era hora de preparar o café. Se levantou da cadeira com uma leveza que deixava a
velhice morrendo de inveja. Aceitava tudo que era novo, se sentia bem e ficava
feliz em descobrir um novo olhar para as coisas do mundo. Reconstruía seu modo
de vida com os passos da realidade atual. Tinha chegado aos 70 com uma energia
de 30. Gostava de estar sempre na atividade, cozinhava, bordava, corria pela
manhã, escrevia, cuidava de suas plantas e ria com as piadas do facebook. Sempre mantinha mente e corpo
trabalhando, assim continuava com sua autoestima. Seguiu até a cozinha em busca de expectativa
para lhe manter ativa e tentar reanimar Alberto. Deu um leve sorriso sarcástico e
continuou a admirar a vida. <o:p></o:p></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-71197608418143759702012-11-26T01:06:00.003-03:002012-11-26T10:45:57.362-03:00Desdobramento<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Existia aquele lugar secreto que se chamava o Jardim dos
Amores. Era um imenso quintal onde havia um lindo jardim. Aquele jardim pertencia
à Laura, lá ela compartilhava conversas, amores, expectativas e sonhos. Era um
lugar em que sempre se sentia bem. Para Laura, passar as tardes no quintal era
como voar. Certo dia compartilhou aquele imenso quintal com Caio, seu primeiro
amor, e lá o tempo tinha horas que rebobinavam lembranças a todo instante.
Laura sentia o silencio lhe abraçar e dividia com Caio o sorriso que lhe
mostrava a importância que um fazia ao outro. O lugar passou a ser como o mar que
ia e vinha ao som do vento. Laura passou a ser que nem Caio, com dúvidas,
vontades, sentimentos, esperanças. Estava amando.
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Laura e Caio brincavam de que
eram namorados para disfarçarem seus sentimentos. Isso fazia com que não se
separassem e nem criassem expectativas um sobre o outro. Tinham a certeza de
suas escolhas e conversavam sempre de como seria futuramente quando um se
enchesse do outro. Chegavam a conclusões sobre assuntos que ninguém entendia e
concordavam sempre com a opinião oposta. Gostavam de coisas diferentes, mas tinham um
jeito em comum, eram parecidos na desobediência. Ao mesmo tempo em que iam se acostumando
com o jeito um do outro, deixavam de perceber pequenos detalhes de suas
diferenças. Levaram isso até descobrirem que não estavam mais brincando, e
cansaram. Seguiram a mesma linha, mas com pontos diferentes. Talvez se lembrem um
do outro quando encontrarem características parecidas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">*São poucas às vezes que costumo dá </span><span style="line-height: 24px;">importância</span><span style="line-height: 150%;"> ao que realmente gosto. Percebo depois, quando já estou gostando e não faço a mínima ideia de como começou. As coisas vão acontecendo em sua vida e você só tem que saber </span><span style="line-height: 24px;">direcioná-las. Perde aqui pra ganhar logo a frente. Queria pedir desculpas ao poucos leitores que ainda lêem o blog, se ainda tiver leitores. Eu hoje mesmo não estou nem pra mim, mas consegui escrever esse textinho que poderia ser rasgado. </span><span style="line-height: 150%;"> </span></span></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-68174570937556604032012-11-04T02:15:00.002-03:002012-11-04T12:00:36.540-03:00Derramando Shakespeare<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
A sombra brinca no canto da parede como o reflexo da luz na água. Pela estante o olhar se deita sobre uma porção de devaneios instigantes-contestadores-amáveis-singelos-eróticos. Minha utilidade em desdobrar pensamentos mede esforços para lhe dá com o mundo e aceitar o óbvio, o grito aqui dentro é um grande silêncio. Lá fora há uma grande possibilidade das coisas me proporcionarem vontades inspiradoras, mas elas acabam se dissolvendo pelo caminho por que o real me faz acordar e quebrar todo o encanto. Meio que balanço sobre as dúvidas de Hamlet e acabo-me encontrando no jogo. Levanto, luto pra ganhar. Ainda ouço murmúrios. A arte me sustenta e faz lembrar o que sou, meu olhar através dela é um descobridor de mundo. Procuro me ater na trajetória de um passado para me adaptar no presente e prosperar no futuro. Por trás do choro aparece um sorriso que acorda minhas imaginações, amanhã talvez encontre alguém para deitar sobre a grama molhada e descobrir segredos. Vou dormir com uma leve esperança de que isso não aconteça. Não me importo, pois a bela-música-velha que ouço me inspira e faz sentir o gosto de um tempo que vivi. Transformo toda essa beleza num amor eterno, num orgasmo como a de Romeu e Julieta, e transbordo de felicidade. </div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-83107196653079277762012-10-13T21:42:00.001-03:002012-10-13T21:42:04.710-03:00Manaifá<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Manaifá, índio da Floresta Amazônica, observava entre as árvores o que sua imaginação desenhava. Ficava assistindo a maravilhosa floresta ao qual criara. Se um dia se afastasse de sua terra, fecharia os olhos para viver novamente o sagrado natural. Em seus caminhos trilhava junto com seus seres criados: Uirapurus, Curupiras, Sacis e encantarias. Manaifá, menino que a Floresta Amazônica tem a graça de carrega, voa alto em meio às árvores e se joga no rio que corta as plantações.
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Manaifá tem a força dos cipós. Valente como a onça, ataca os caçadores com seus gritos – UíUíUíííí... À noite, torna a dançar em torno da fogueira levantando um “Alô” junto com a fumaça. Menino danado que escapa somente das repreensões da Mãe, se diverte quando alguém cai em suas travessuras. Manaifá é assim, menino criado na natureza que vislumbra o seu próprio imaginário e enfeita o mundo.
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<i><span style="font-size: x-small;">*Aos que já foram criança </span></i><i><span style="font-size: x-small;">um dia</span></i><i style="line-height: 150%; text-indent: 20pt;"><span style="font-size: x-small;">.</span></i></div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-23676654734759964382012-09-29T12:53:00.004-03:002012-09-29T12:53:40.467-03:00<div style="text-align: justify;">
Quando percebeu que havia posto as palavras em cima das outras palavras, seu coração disparou. Dramatizou por alguns minutos até ficar mais tranquilo. Respirou e se tocou que logo depois viriam outras palavras que iria o fazer esquecer daquele pequeno susto.</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8607797755230966681.post-12640018224725467992012-08-31T01:24:00.002-03:002012-08-31T01:25:41.001-03:00Linha<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
O vento fazia a curva na esquina da rua em que eu morava. A esquina era esquisita, tinha um poste que a luz nunca acendia quando anoitecia e isso fazia daquele lugar um lugar esquisito. A partir das 18h aquela esquina não existia. Existia somente o nada. De dia passava gente a todo o momento com destinos diferentes. Passava gente correndo, gente lenta, gente apressada, gente que parava e ficava ali a espera de outras gentes, ou parada por leseira mesmo, sem ter o que fazer. A esquina era bem estreita e as pessoas se chocavam a todo o instante quando vinham em sentidos opostos. A esquina era o começo de uma rua imensa que dava para outra rua por onde passavam muitos carros. Nunca fui até o final, observava apenas do inicio. Meu limite naquela rua era somente até onde morava.
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Tinha dias em que aquela rua era assustadora. Ela ficava olhando pra mim e rindo, meio que me esnobando. Dentro do seu olhar o cenário todo tremia e o riso tinha um som agudo irritante. Eu ignorava aquilo, passava direto e entrava as presas. No outro dia quando vinha passando, um velho parou na esquina e fez sinal para o fim da rua:<br />
<br />
- Ali mora o futuro, garoto. Essa rua é apenas uma pequena porcentagem da vida. Você já foi até o outro lado?"<br />
<br />
- Ainda não, respondi.<br />
<br />
- Vá, siga e vá. Hahahaha...
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 20pt;">
Aquele velho assustador, cujo nome nunca irei saber, me deixou mais curioso em relação ao final daquela rua. Fiquei observando ele sumir na esquina e parei no canto, bem rente a parede. Era um tempo agoniante e aquele espaço entre a esquina e a rua era pequeno demais para ficar ali. Comecei a andar e por curiosidade passei direto. Fui até o final da rua. No final da rua exista uma estrada imensa, mais ou menos do tamanho do mundo por onde o vento percorria e as sobras das nuvens caminhavam. Era uma estrada abandonada. À noite, a luz da lua lhe contava historias. Pensei que nela passavam vários carros com destinos diferentes.</div>
Bernard Freirehttp://www.blogger.com/profile/11420624470102031839noreply@blogger.com0