domingo, 15 de fevereiro de 2009

Psicodelia Imaginária - Parte II

Personalidades
Sentindo a extremidade de um tempo vivido aperta em suas lembranças, se sufocando em pensamentos enriquecido de devaneio, suas ilusões vão submetendo-se a uma dupla personalidade. Elevando cada vez mais os sentimentos. Suas faces ocultas já não lhe rendem mais nada, apesar de rótulos que lhe desmascaram e faz de si um ser medíocre. Sua escolha é somente interagir com seres de uma categoria ignorante, que se estende na realidade durante seu cotidiano, não tendo conhecimento de si. Sendo marionetizado por uma geração modernizada, onde cada ser pensa igualmente a fim de ser destacar em seu convívio.

Passa cada segundo como se fosse importante, se traindo e aprisionando-se nesse mundo onde idéias fracas tomam conta e entorpecem cada vez mais a memória dos que ainda se dizem os sabidões, os atualizados de assuntos desinteressantes para uma vida. Isso faz com que se sinta à vontade no seu grupo, assegurando-se da certeza de sua felicidade instantânea e imaginado situações de uma mídia hipócrita que diz que á essência do ar “são as coisas materialistas”, desse sofisticado planeta que estar num canto qualquer do universo.

Anda na rua como se fosse diferente (mas estar tudo banalizado). Em casa é apenas um membro da família (sem vontades de assumir a tradição). Na escola um aluno como os outros (mas querendo se destacar como a diversão da “galera”). Fazia de tudo para se adaptar. Isso lhe distraia e fazia esqueçer de um amplo mundo de realidades diferentes. Era uma espécie de “microcosmo”, onde a meta era se protege. E segurança se obtém andando em grupos (os dos populares, dos inteligentes, dos rebeldes, enfim...).

Certamente isso definia menos pelo o que era, do que por quem estava sentado ao seu lado. Suas ilusões eram voltadas a uma mediocridade que se igualava a de todos. Nunca se manifestando em querer mudar, mas mudando conforme a mudanças dos outros. A grande burrice crescia conforme as adaptações no grupo, diminuindo sua percepção de ver como as coisas eram estúpidas.

Eram amizades demais, festas que nunca acabavam moda do momento, bebidas, cigarros, uma alienação que persistia mais e mais em sua imaginação. Estava trancafiado entre duas pontas, que a ridicularidade rodeava sua personalidade aponto de se manter bem superficialmente e tendo suas conversas sem importância com os próximos. A idiotice caminhava ao seu lado em busca de conhecimentos fracos, desinteressante, e com uma característica do “chaves” isso, isso, isso...

Até onde chegara suas ilusões.
Ser alienado, como se fosse um sonho bom.
A moda como se fosse um modo de ser.
As festas como um lugar de se viver.
Bebidas, cigarros como uma necessidade.
E aumentando mais sua futilidade.

As cadeias de sua imaginação arrebentavam, parecia uma grande bolha estourando. Vivenciava a melhor parte de sua vida, a “mediocridade”. Não tendo caráter, autocrítica, e sensibilidade em escolher fatos que diminuísse sua idiotice. A escolha era marcada pelo grupo, sua alternativa era participar. Ignorava outros como se estivesse certo, mantinha seus deveres em ordem, mas nunca deixando sua máscara. Adaptavam-se nos ambientes em que o som, as pessoas, o estilo e a completa falta de valorização o deixavam mais cego.

Não compreendendo a falta de visão entres os clichês e elevando mais sua capacidade de intolerância no amplo mundo em que vive. Se mantendo adequado numa sociedade sem conhecimentos das coisas e verdadeiros consumistas de produtos não-ideológicos. Se entregando para o labirinto que o aprisionava, tendo suas crises constantes e mantendo sempre personalidades que o fizesse ser sempre o incomparável. Ali ele encontrava sempre entorpecência que mantinha suas ilusões caóticas; pois não era o único e o aliviava em saber que não estava só nesse labirinto.

Um grande idiota que vive numa sociedade de modas constantes, onde mentes abertas se deixam ser influenciadas a qualquer preço. Se submetendo ao fracasso das amizades e a felicidade falsa. Não querendo ter seu mundo particular e usufruindo das coisas. Isso enjoa, faz nos sentir um lixo, aperta nossa mente e nos ridiculariza a ponto de não notarmos a incrível falta do caráter critico. Vermes que nos rodeiam e fazem nos basearmos em suas constantes personalidades. Uma forma para mantermos o sorriso colocado no rosto, os abraços, e todas as generalizações que acontece num circulo. Verdadeiramente ele se encontra no centro. E vai se constituindo para um melhor desempenho de suas farsas no convívio de gentes estúpidas. “Um grande babaca”.
Não é uma crítica, apenas uma forma de ver os fatos, um ser que se encontra dentro de um labirinto tentando encontrar a saída, mas passa por uma série de transformação que vivenciamos sem notar. É difícil enxergar essas parábolas que nos rodeiam sem questionarmos nossas realidades; à verdade é que esse mundo é bem louco e deixamos de ter nossa própria psicodélica imaginária.

9 comentários:

Gabriela Domiciano disse...

Boas alucinações tb!!!!!
=0

elas são saudáveis às vezes!

Copo sobre a mesa. disse...

Gostei de como você escreve. Só não entendi muito bem seu comentário. ;P

Isabella Mariano disse...

Desculpe por comentar sem ler, mas...

Gostaria de entender o seu comentário no meu blog :)

Identidades Fragmentadas disse...

Parabéns pelo blog e, também, pela forma que usa escreves. Usa elementos que fazem de sua escrita única: a escolha léxica!
Continue a escrever; quero ouvir mais de ti.
E valeu pela visita em meu blog.
Abraço,
Théo

Josy Poulain disse...

Sufocante a ideia de sufocar pensamentos ^^
Eles nos sufocam...
Lembranças... medos...
Tudo uma parte de nós que foi ou ainda será...
Como vc mesmo disse, cada um vê as coisas de acordo com sua realidade...
Mt bom o texto.
Beijos.

kilder disse...

parabéns pelo texto!!! bem escrito, profundo...voce sabe prender a atenção do leitor!! t+

http://comumente-kilder.blogspot.com

Nayara .NY disse...

Cair no buraco ou permanecer nele?
A vida é feita de escolhas...
Devemos nos encontrar dentro de nós mesmos, para exteriorizar o que realmente somos, ser mais do que uma peça material, ser alguém que pensa, que crítica, que vive de verdade!!!

Obrigada pela visita!
Volte sempre que quiser!
Adorei seu blog!

Bjos

Bledsoe disse...

eu li e reli umas cinco vezes todo seu texto.
acho que essa visão um bocado crítica me agrada.

aliás, ele é digno de ser escrito numa mega coluna em revista :)

beijo :*

Josy Poulain disse...

Boas alucinações, elas são sempre saudáveis.

Até mais.

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