Aqui o bagulho é doido e a realidade te faz ser mais esperto pro que pode acontecer. São bombas caindo e explodindo no teu lado e uma cortina de fumaça te engole. O ar foge dos teus pulmões e o corpo se dilata nos poros levantando os pelos do calafrio. A cabeça confusa expulsa pensamentos causando um holocausto para suas ações. Meio inconsciente seus olhos denunciam o esgotamento, sua boca mastiga saliva e o amargo escroto cai pra dentro do vazio. Suas pernas bambas mostram o desassossego que brota da imaginação infame que te perturba. No meio do desespero tu te encontras só e procuras espaço pra desabar. A paisagem se transfigura e o teu céu se distorce em pigmentação CMY. Vozes são riscadas ao vento e o teu peito aperta cada vez mais nesse inferno que criaste só para te assegurar da verdade que não está do lado de fora. Rompes o elo de ligação entre interno-externo e o teu mundo sacode a poeira do paraíso real-ficcional.